quinta-feira, 2 de outubro de 2008

ETERNO LUAR DOS PALMEIRAIS

Edmar Oliveira

Por trás da folha da palmeira, que com o vento borrava seus contornos, a lua em prata atravessava as palmas para estampar no terreiro a luminosidade do sol da noite. A noite clara da lua cheia do limpo céu das estrelas.


Que cintilavam quais vaga-lumes das constelações etéreas. Repentinamente a noite era clara na luminosidade em falso, que na verdade era o dia da revelação do que se insinuava no clarão do dia.

Mas quase assim preferível do que se fosse em sol.

Por mais verdade ser.

Moça bonita tuas feições são mais. O brilho do teu olhar se faz muito mais intenso sob o luar. O tremor dos lábios teus se faz carmim no acariciar dos meus desejos. Do teu nariz respira quase entrecortar dos suspiros que imagino no oculto. E não faz assim de me olhar desta maneira em lua prateada. Borra os contornos do teu sorriso triste, desta lágrima gema de um rubi que cai do canto deste olhar. Como se mercúrio escorre na tua pele e fere o destino de não se poder mudar. Envenenado me encontro neste eterno luar dos palmeirais....

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