A Grécia está passando por momentos dramáticos, os bancos e os grandes investidores estão querendo “o seu” de volta, com juros e correção monetária.
A Itália, palco da civilização romana, vê seu império ruir, pedra sobre pedra. A César não sobrará nem aquele dólar furado (um dolaro bucato), western spaghetti de Giorgio Ferrati.
Portugal vem junto e já preparam, ao invés de caldo verde, um caldeirão fervente de poção amarga a ser derramada goela adentro do povo português.
Espanha está se borrando de medo, parece que deglutiu uma paella estragada, aguardando na fila até momento de subir ao cadafalso.
Os irlandeses estão enchendo a cara de uísque e “pindurando” a conta. Quando chegar a quebradeira final, pelo menos resta o consolo de não ter que pagar a dívida ao dono do bar...
O Governo Papandreu, em que pese as grandes manifestações nas praças e nas ruas de Atenas, de revolta e indignação da população grega, aprovou todo um pacote de medidas, que vão infernizar a vida do seus conterrâneos.
No Coliseu lotado, os magnatas apontam seus polegares para baixo. É chegada a hora do sacrifício.
Sabem qual é a grande diferença do que agora está acontecendo com a Grécia e os 8 anos de governo FHC, cujos festejos de 80 anos estão sendo badalados pelos sabujos de plantão?
Absolutamente nenhuma.
Aquela herança maldita cruelmente se repete, sugando impiedosamente o sangue da população revoltada e atônita. Sentados em volta da mesa, serão servidos, com fartura para todos, recessão e pobreza.
E tome privatizações, e tome redução de salários, e tome redução drástica em gastos sociais, e tome falências, cortes nas aposentadorias, demissões em massa, aumento de impostos... e tome... e tome...
O sociólogo de Higienópolis reelegeu-se, pegando uma bagatela, um emprestimozinho mixuruca de 40 bi de dólares só para botar as contas em dia, uma simples operação de fluxo de caixa, para acalmar os executivozinhos formados em Berkeley. Seu maior triunfo foi quebrar o Brasil 3 vezes!...
A grande farsa do neoliberalismo, e encontram um eco poderosíssimo na imprensa marrom, é dizer que o Estado é sempre o culpado das desgraças econômicas do país.
Ora, vão tomar no olho do furacão !!! Toda a especulação desenfreada promovida pelos donos do capital, e disso o mundo levou uma porrada violenta agorinha mesmo na crise de 2008, nunca, jamais em toda a história, foi controlada pelo Deus Mercado. E nem poderia, a especulação é a alma do negócio.
Na auditagem da dívida externa ninguém quer mexer, são juros sobre juros comendo soltos, cadê os documentos, cadê as informações? Chegam mais empréstimos sobre empréstimos, para pagar a dívida anterior, e a anterior a essa dívida e aquela outra dívida mais antiga...
As agências de classificação de riscos deitam e “rolam” (com trocadilho), empurrando os países europeus a pedirem uma “ajuda” ao FMI e à União Européia. As mesmas agência que avalizavam a robustez financeira do Lehman Brothers...
Agora, quando explode a boca do balão, aí sim, precisam do Estado para “socorrer” o setor privado, incorporado na, que palavras bonitas, “livre iniciativa” . E aí meu camarada o tal déficit público e a dívida pública vão para o espaço mesmo...
Os atores do período clássico usavam máscaras, denominadas personas para formar os personagens. De acordo com o papel a ser interpretado era escolhida uma persona.
Em cima do palco os atores do grande capital usam máscaras, não para interpretar, mas para fingir, para ludibriar, para extorquir os incautos.
E ainda tem gente que acha que não mais existe nem direita, nem esquerda, que o normal é sempre privatizar o lucro e “distribuir renda” para eles mesmos, os donos do capital e, lógico, socializando os prejuízos para a grande maioria:
Aquele pessoal que dá um duro desgraçado, trabalhando para comer o seu angu e levar o leite das crianças para casa, tendo que matar um leão por dia na arena da vida.
1000TON
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