domingo, 3 de julho de 2011
Desencantado
Jorge Simão, da Casa Lima Barreto
De exaustão,
por ineficiência ou incompetência,
proclamei a mudez dos gritos...
Desandei-me,
desencantei-me
(Eu, tão desprovido de encantos, mas encantado com meus deuses pagãos:
Quintana, Manoéis de Barros e Bandeira,
Whitman, dos Anjos, Cruz e Souza
E Cartola, E Candido das Neves, E Feital, E Pinheiro, E Blanc...)
Foi aí que me fui embora.
Interno-me nos nosocômios dos botecos...
Tô fugindo das tais redes sociais
Até deste jurássico e-mail
que me grunhe contemporâneo.
Revisito em meus sonhos-escombros
minhas putas da Pinto de Azevedo
(Ah! morresse eu,
doce degredo)
Em meio a doces Dulces,
Celestes celestiais,
Clotilde, uma catedral!
Leda dos Anjos, tão leda na cama,
Em cujo altar me converti
E no séquito de seu nome
Fiquei ateu, me perdi.
Mediunicamente, bronho-me em recordações
Dou um pulinho no passado
E os espíritos consoladores,
numa promoção da malas Cardec
e valises Xavier,
Carregam-me até a abjuração
dos espíritos obssessores
de cabrais, dilmas e dudus.
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