A Coca-Cola anuncia um novo refrigerante endereçado ao sertão do Cariri cearense: Crush, sabor Cajuína. Do Crush, velho refrigerante que a Coca-Cola incorporou ao seu capital borbulhante, como tanto outros, tínhamos sua lembrança numa obra de arte de Guto Lacaz de 1978. O artista plástico ganhou o primeiro prêmio da Primeira Mostra do Móvel e do Objeto Inusitado, em São Paulo. A obra era apenas uma garrafa do, na época, popular Crush fixo numa moldura de gesso. Certamente o nome da obra lhe valeu o prêmio e foi a grande sacada do artista: Crushfixo! Reproduzimos abaixo:
Outra sacada artística com o velho refrigerante opera a multinacional Coca-Cola: Crush, sabor cajuína. E na propaganda de lançamento cajus e figuras nordestinas de pura xilogravura conhecida (foram pagos os direitos autorais?)
Joca Oeiras puxa um coro de reclamantes piauienses protestando contra a surrupiação da nossa Cajuína pelos cearenses (agora tendo a poderosa Coca-Cola na guerra), justamente os vizinhos que primeiro engarrafaram a Cajuína, legítima bebida piauiense.
De muito tempo a cajuína encontrada na feira de São Cristóvão é cearense. Só recentemente uma Lili apareceu por aqui e bem mais cara. Nossa indústria nascente peca na concorrência. E não é só na cajuína. Quando os goianos começaram a fazer compotas de pequi levei uma ao Piauí para que se pudesse conservar o nosso pequi para a venda. Divulguei aos conhecidos, dizendo que, já, já, teríamos fábricas de pequi em conserva. Naquela época, eu, fanático por pequi, tirava a polpa e congelava. Quando minha mãe era viva fazia isso por mim e eu tinha pequi congelado por um ano no Rio. Nem precisava mais. Na Feira de São Cristóvão tem várias marcas de compotas do cerrado goiano. É como no futebol. Quem não faz, leva!
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