quinta-feira, 30 de abril de 2009

Um toque de chuva


Teresa Cristina


Da vida trago esse sabor de chuva
Que escorre nas telhas de minha casa...
E chove agora! Lavando os córregos
Dos caminhos que deságuam no rio...
As folhas das palmeiras verdes bebem
As águas frias a provar a tarde...
E um menino corre tal o vento
Dizendo que é rei de sua rua...
Estendo as mãos na biqueira grossa
E degusto também como as folhas
Da água que vem na tarde que expira...

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Esse blog tem dessas coisas. Recebi um e-mail de Teresa Cristina avisando que o poeta William vinha ao Rio. No final me mandava esta pérola. Não sei quem é. Mas se é amiga do William e poeta assim é bem vinda neste espaço sideral... Ah, e ela se assina "Flor de Caju", bela flor, já viram?

2 comentários:

Anônimo disse...

Belo poema. Remeteu-me a minhas lembranças de dias chuvosos. Sou urbana, mas muito andei pelas pampas gaúchos, onde os dias de chuvas são tão belos como esse aqui descrito.Um dos mais belos dias de minha vida juvenil foi num dia chuvoso. Sinto pena da juventude que não sabe o que é um campo molhado, jamais viu uma gota de chuva escorrendo em uma folha de palmeira; das águas da chuva escorrendo em direçao ao córrego. Lembrou-me também de um banho de chuva torrencial em Bagé, no pátio da casa de meus amados tios Fernando e Diana Salis, quando eu tinha menos de 10 anos de idade, e minhas primas, inclusive a Ana Cecília, eram muito pecurruchas.

Foto lindissima, de muita sensibilidade.

Maria Beatriz Salis Poglia
Porto Alegre, RS.

amaral disse...

como diria o poeta paulo machado: "fazer poemas é fácil, como amordaçar um lobo"