domingo, 7 de novembro de 2010

Simão Curuca

AOS VERMES (sem nenhuma alusão a Augusto dos Anjos)



Não estarei aqui quando se romper a pedra dura.

Entrego

À milésima geração de vermes,

Que, com péssimo gosto, degustaram as minhas sobras,

O usufruto das velhas utopias.

Quando, então, meus últimos quanta

Transubstanciar-se-ão em porra nenhuma...

Aos vermes futurísticos

Legarei o êxtase dos meus bisnetos

Ante a escultura em silicone

Monumental

De uma Xuxa imortal.

abraços, do

simão, o cético

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