Geraldo Borges
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Minha sombra acompanha-me tranqüila
Mas a sombra ao sol a sombra é outra
Que de noite se recolhe em minha argila
E se desfaz em fragmentos de posturas
Conduz-me por um lago azul de cisne
E faz troça do meu amor e arrependida
Propõe-me um oráculo e uma esfinge.
Está sempre pisando nos meus pés
E afagando o meu dorso de felino.
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A minha sombra é meu encantamento
Que me assombra e me olha de viés
Por que além da verdade é fingimento.
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Um comentário:
belo soneto Geraldo, mandas muuuito companheiro!
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