domingo, 21 de novembro de 2010

Minha Sombra

Geraldo Borges

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Minha sombra acompanha-me tranqüila

Mas a sombra ao sol a sombra é outra

Que de noite se recolhe em minha argila

E se desfaz em fragmentos de posturas

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Às vezes pela mão em uma avenida

Conduz-me por um lago azul de cisne

E faz troça do meu amor e arrependida

Propõe-me um oráculo e uma esfinge.

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Embora queira mudar o meu destino

Está sempre pisando nos meus pés

E afagando o meu dorso de felino.

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A minha sombra é meu encantamento

Que me assombra e me olha de viés

Por que além da verdade é fingimento.

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Um comentário:

filipe com i disse...

belo soneto Geraldo, mandas muuuito companheiro!