domingo, 1 de agosto de 2010

Ex-Teresina



O Piainauta flutua na moderna Teresina, que não é mais a minha nem a do Climério:

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Ex-Teresina

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(Climério Ferreira)

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Teresina,

Aminha,

Essa não há mais

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A minha

Era uma cidade sem cais

Pois essa atual veio depois

Do desaparecimento da Palha do Arroz

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A Teresina

Dos cajueiros

Do Barrocão

Da Maria Tijubina

Essa não mais se mostra à retina

.

A da estrada Nova

Da Baixa do Chicão

A da usina

Não há mais tal Teresina

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da vitamina do Mundico

Do pastel do Gaúcho

E a do Bar Carnaúba

Do programa do Al Lebre

Da crônica do Carlos Said

Das aulas de A. Tito Filho

Das agências da Saraiva

Do teatro do Santana e Silva

Das raparigas no corso

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De tudo que já foi

Resta a cajuína

E uma nova Teresina

Que nunca Termina

E constantemente nos ensina

A ter o seu amor como sina

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do livro Teresina - um olhar poético. FMC, 2010, organização de Salgado Maranhão

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