Aderval Borges
Comum mandante por trás de quais estalos editoriais
E tais estilos eleitos
Demandados por eleitores deletérios e paus-mandados
Por gostos condizentes com os gastos mais ordinários
Comando tenha tu, Deusditor
Sobre nosso saber sem sabor
Que sucumbe esbaforido
Ante o desinteresse insalubre e postural dos que compram
Falo por todos os atados autortáurios
Que andam com os próprios cornos fincados nos corações carbonários
Responda qualquer coisa assim: são o que são porque não querem aceitação
Sem tento para os tais, portanto
Que achem as próprias achas nos becos da perdição
Espaço para poemas?
Oh, me deixem expressar um lema:
Já que se sentem tão originais, que suas obras permaneçam como tais
No futuro, se não houver interesse, serão incineradas
Ou recicladas
Para que à luz das brasas tenham alguma visibilidade
Ora, tomem um rumo, pretensiosos!
Sumam!
Naveguem ás vagas como vagas criaturas que são
Cadê tua obra, poeta? É só isso?!
Vá em busca do teu país sem honra, ô catso
Ou caia de barriga na briga com os demais escribas no round
O que pensa?
Trate de não vomitar no meu tapete, ô traste
Ninguém mais te atura
Limpe os pés, pô, etiqueta também é cultura
Eta! Nenhum dos que pensam como tu perdura
Não há como dissuadir o mercado
Este já está marcado a ferro e brasa
Pelas credenciais do bom gosto
Veja Saramago
É o tipo que satisfaz
A todos que lêem por ano algumas páginas
E adoram achar tudo muito bonito
Não reclame!
O mundo não carece de espaço para escreventes sem renome
Somenos, só publicamos o que o público quer:
Biografias, esoterismo, manuais sexuais
Receituários, roteiros de viagens, decoração
Dicas de bom comportamento e bem-estar
E clássicos, muitos clássicos
Quer um conselho:
Faça um (clássico), que teu dia há de chegar
Sobretudo quando estiver morto
E não houver mais o desconforto de ter de te pagar diretos autorais
Mas se quer reconhecimento imediato
Vá dar aula em faculdade
Esteja dito: você e seus amigos já não têm idade para lançar novidades
Não há glória à vossa espera
Portanto, não delire em ver teus calhamaços nas vitrines
Ouça meu conselho: baixe as calças e faça por merecer
Entenda que é preciso tirar as mãos dos bolsos
E mostrar se o teu ofício/orifíco é compensador a God Gold
Good?
Raro, caro e expedido a crédito
Conforme o despir do espanto
Pois só a grana faz com que um cão louco lata macio
Sem sentir nojo de obrar seus pudores para tantos
Comum mandante por trás de quais estalos editoriais
E tais estilos eleitos
Demandados por eleitores deletérios e paus-mandados
Por gostos condizentes com os gastos mais ordinários
Comando tenha tu, Deusditor
Sobre nosso saber sem sabor
Que sucumbe esbaforido
Ante o desinteresse insalubre e postural dos que compram
Falo por todos os atados autortáurios
Que andam com os próprios cornos fincados nos corações carbonários
Responda qualquer coisa assim: são o que são porque não querem aceitação
Sem tento para os tais, portanto
Que achem as próprias achas nos becos da perdição
Espaço para poemas?
Oh, me deixem expressar um lema:
Já que se sentem tão originais, que suas obras permaneçam como tais
No futuro, se não houver interesse, serão incineradas
Ou recicladas
Para que à luz das brasas tenham alguma visibilidade
Ora, tomem um rumo, pretensiosos!
Sumam!
Naveguem ás vagas como vagas criaturas que são
Cadê tua obra, poeta? É só isso?!
Vá em busca do teu país sem honra, ô catso
Ou caia de barriga na briga com os demais escribas no round
O que pensa?
Trate de não vomitar no meu tapete, ô traste
Ninguém mais te atura
Limpe os pés, pô, etiqueta também é cultura
Eta! Nenhum dos que pensam como tu perdura
Não há como dissuadir o mercado
Este já está marcado a ferro e brasa
Pelas credenciais do bom gosto
Veja Saramago
É o tipo que satisfaz
A todos que lêem por ano algumas páginas
E adoram achar tudo muito bonito
Não reclame!
O mundo não carece de espaço para escreventes sem renome
Somenos, só publicamos o que o público quer:
Biografias, esoterismo, manuais sexuais
Receituários, roteiros de viagens, decoração
Dicas de bom comportamento e bem-estar
E clássicos, muitos clássicos
Quer um conselho:
Faça um (clássico), que teu dia há de chegar
Sobretudo quando estiver morto
E não houver mais o desconforto de ter de te pagar diretos autorais
Mas se quer reconhecimento imediato
Vá dar aula em faculdade
Esteja dito: você e seus amigos já não têm idade para lançar novidades
Não há glória à vossa espera
Portanto, não delire em ver teus calhamaços nas vitrines
Ouça meu conselho: baixe as calças e faça por merecer
Entenda que é preciso tirar as mãos dos bolsos
E mostrar se o teu ofício/orifíco é compensador a God Gold
Good?
Raro, caro e expedido a crédito
Conforme o despir do espanto
Pois só a grana faz com que um cão louco lata macio
Sem sentir nojo de obrar seus pudores para tantos
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Dervas, poeta da paulicéia.
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