As redes sociais têm publicado capítulos de duas novelas
muito interessantes: “O sapo que queria ser príncipe” e “O príncipe que virou
sapo”.
Na primeira temos a história de um metalúrgico que chegou a
presidente da empresa e achou que podia ter um apartamento em Guarujá e um
sítio no interior de São Paulo. Mesmo tendo atingido a presidência, ele e sua
mulher não perderam os costumes da periferia e a história gira em torno do
conflito do novo rico com costumes de pobretão querer entrar no mundo dos ricos
de fato. O apartamento do Guarujá foi denunciado como fruto de falcatruas, já
que os moradores não admitiam um vizinho “sem costumes”. No sítio a esposa
comprou um barco de lata para o ex-metalúrgico pescar e beber cachaça. A vila
próxima não se conformou com o barulho das festas no sítio e denunciaram que
ele trouxe trinta e sete caixas de cervejas da empresa e que até uma antena foi
instalada ilegalmente para o sujeito não perder um jogo do Corinthians. Para os
próximos capítulos anuncia-se a reaparição de uma amante, também uma moça sem
costumes que o sujeito levava para as frestas da empresa. Sabe-se que “O sapo
que queria ser príncipe” vai substituir “Famagul” na TV aberta.
Na outra novela é contada a história de um príncipe elegante,
professor universitário, casado com uma escritora e frequentador do high
society. Depois de ter ficado viúvo e se aposentado, descobre-se que o bom
velhinho tem um passado tenebroso: teve uma amante por mais de oito anos e tem
um filho fora do casamento de vinte e cinco anos. E essa amante foi sustentada
e mantida em cativeiro no exterior para não atrapalhar a carreira do professor
com recursos desviados da empresa que ele dirigia. O velho tinha casado de novo
com uma moça muito nova, que desejava treinar a profissão de cuidadora de
idosos e herdar a fortuna do marido. Descobre-se que ele comprou o resultado do
teste de DNA para não assumir o filho. A ex-amante denuncia a trama e os
próximos capítulos apresentam suspense, ressentimento e traições. Antecipando:
comeu também a empregada e Dona Ruth a dispensou quando viu o menino com a cara
de Fernando. Tinha um apartamento em Paris que era de um amigo e uma fazenda no
Mato Grosso comprada pela bagatela de 20 dólares. Não se sabe com terminará “O
príncipe que virou sapo”, mas substituirá a “Regra do Jogo” na TV aberta, que
corre o risco de ser fechada – já que ela ajudou a esconder a amante do velho.
Um comentário:
Mas a mídia da ênfase e ofusca o que ela quer, é a forma mais imoral de exercer a censura e manipular a informação. Enquanto isso, seguimos sofrendo...
Lelê
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