domingo, 20 de março de 2016

RELIGIOSO ATEU




Evangelho Segundo Barnabé
Os turcos requentaram uma história na semana passada. Revelaram o conteúdo do Evangelho segundo Barnabé, provável discípulo de Jesus que acompanhou Paulo na sua pregação para fundar o Cristianismo.

Segundo o evangelho encontrado Jesus não teria sido crucificado e sim Judas. E desde o princípio dos tempos Deus estava anunciando seu profeta Maomé. Jesus apenas teria aberto o caminho para a vinda de Maomé, o representante oficial de Alá para o islã.

Esse evangelho apócrifo já era conhecido desde o começo deste século. Estudiosos já o tinham datado como tendo sido escrito na altura do século V. Portanto Barnabé não poderia ter escrito ou ditado tal escritura, e por essa datação não se estava impedido de prever o Maomé, que viria fundar a religião dos descontentes islamitas. A igreja católica pediu vista às escrituras e certamente negará sua autenticidade.

É uma simples fraude, que tenta fazer do islã a religião verdadeira e negar o cristianismo. Porque foi requentado agora, depois de treze anos? A guerra nos territórios muçulmanos. As escrituras dariam motivo para os cristãos árabes em território da guerra santa do EI serem abatidos, com se professassem uma fé falsa. Apenas justificativa de genocídio religioso.

Eu, como não creio nem no falso Barnabé nem nas alegas razões de Paulo e seu companheiro para fundar o cristianismo, não teria nada com isso e nem deveria está falando de tão insignificante polêmica. O que me move é trazer a público mais uma razão religiosa para a guerra fundamentalista. Aí sim, a polêmica ganha importância, porque as guerras que são feitas em nome da fé são as mais cruéis. E o deus único é responsável por essa intolerância.

Como um bom ateu, graças a Deus, gostaria de pedir aos conterrâneos nordestinos uma novena e muitos jaculatórios para que Cristo e a Virgem Maria protejam os cristãos árabes de um massacre do falso Barnabé em nome de Maomé. 


(Edmar Oliveira)





 

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