Evangelho Segundo Barnabé |
Os turcos requentaram uma história na semana passada.
Revelaram o conteúdo do Evangelho segundo Barnabé, provável discípulo de Jesus
que acompanhou Paulo na sua pregação para fundar o Cristianismo.
Segundo o evangelho encontrado Jesus não teria sido crucificado
e sim Judas. E desde o princípio dos tempos Deus estava anunciando seu profeta
Maomé. Jesus apenas teria aberto o caminho para a vinda de Maomé, o
representante oficial de Alá para o islã.
Esse evangelho apócrifo já era conhecido desde o começo
deste século. Estudiosos já o tinham datado como tendo sido escrito na altura
do século V. Portanto Barnabé não poderia ter escrito ou ditado tal escritura,
e por essa datação não se estava impedido de prever o Maomé, que viria fundar a
religião dos descontentes islamitas. A igreja católica pediu vista às escrituras
e certamente negará sua autenticidade.
É uma simples fraude, que tenta fazer do islã a religião
verdadeira e negar o cristianismo. Porque foi requentado agora, depois de treze
anos? A guerra nos territórios muçulmanos. As escrituras dariam motivo para os
cristãos árabes em território da guerra santa do EI serem abatidos, com se professassem uma fé falsa.
Apenas justificativa de genocídio religioso.
Eu, como não creio nem no falso Barnabé nem nas alegas
razões de Paulo e seu companheiro para fundar o cristianismo, não teria nada
com isso e nem deveria está falando de tão insignificante polêmica. O que me
move é trazer a público mais uma razão religiosa para a guerra fundamentalista.
Aí sim, a polêmica ganha importância, porque as guerras que são feitas em nome
da fé são as mais cruéis. E o deus único é responsável por essa intolerância.
Como um bom ateu, graças a Deus, gostaria de pedir aos
conterrâneos nordestinos uma novena e muitos jaculatórios para que Cristo e a
Virgem Maria protejam os cristãos árabes de um massacre do falso Barnabé em
nome de Maomé.
(Edmar Oliveira)
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