ÁRIA DE RIMAS
Há nos olhos do poeta
A negritude de uma noite sem lua
E um ar de cansaço triste
De tanto ver a beleza do mundo
Há na boca do poeta
O silêncio de palavras em repouso
E um gosto amargo das rimas
O tema insone de um verso
Que se nega esperar a manhã
Há nas mãos do poeta
A tensão de reter um desejo
De prender o amor entre os dedos
E solar na página em branco
Uma ária chamada poesia
(Climério Ferreira)
Um comentário:
Belo poema. Parece que pede música.
Postar um comentário