Sempre me incomodou os comerciais nos uniformes dos
jogadores. A coisa começou devagarinho e foi crescendo e hoje é possível fazer
propaganda na frente da camisa, em cores berrantes e que, às vezes, não tem
nada a ver e agridem as cores da equipe. O comercial passou para a parte de
trás, disputando a visualização com o número do jogador, foi para as mangas de
camisa, desceu pro calção, aproveita o curto espaços das pernas na vertical e
chegou à bunda, sem temor de descer tão baixo para vender seu produto.
Para manter um time de futebol, todas as equipes usam do expediente
do comercial no corpo do atleta. Mais a minha bronca aumenta com o comercial do
meu time. Só quem é do Rio de Janeiro sabe daquele produto que se vende na
praia, concorrendo com o mate gelado, invenção carioca com a bebida quente dos
gaúchos. Mas enquanto o mate colou e se bebe em qualquer lanchonete, o
guaraviton é uma bebida insuportável com gosto de açúcar queimado aguado. Fabricado
numa indústria da zona oeste do Rio, que eu saiba não ganhou outros mercados
fora da periferia da cidade. E o meu fogão preto e branco tem que exibir o
comercial daquele guaraná horroroso, em amarelão alaranjado que fere os brios
do preto e branco.
O Flamengo, que era patrocinado pela Petrobrás na roupa,
agora é da Caixa Econômica Federal, numa clara escolha do governo Dilma pelo time
rubro-negro. E o logotipo “Lubrax” e “Caixa”
combinam ou não ferem as cores do time. O Vasco tem um discreto “Eletrobrás” ou
“Ninsan” nas suas camisas não chegando a ofuscar o pavilhão cruz-maltino. O
Fluminense tem um patrocínio da Unimed, empresa que impõe até um técnico que a
torcida não quer, mas respeita as cores do uniforme. Agora, o Botafogo, ahfff!
É um desastre completo. O nome daquela bebida intragável e, ainda bem,
desconhecida dos torcedores de outros estados é escandaloso. E eu tenho que
torcer para o Guaraviton! É dose!
(Edmar Oliveira)
Um comentário:
Só não pode apagar o meu facho!!!!
Postar um comentário