Geraldo Borges
O que resta em mim de minha cidade
Tirei da sua raiz e de seu humo
Do seu chão não tenho mais saudade
Nem do balanço de seu fio de prumo.
O que resta em mim do quarteirão
Da esquina da praça e da igreja
Postais perdidos riscos do borrão
De um passado um eco que flameja.
O que resta em mim do som do sino
Do Parnaíba correndo no seu leito
Da minha calça curta de menino
É este soneto molhado que derrama
Da raiz do humano do meu peito
O que resta em mim de minha cidade
Tirei da sua raiz e de seu humo
Do seu chão não tenho mais saudade
Nem do balanço de seu fio de prumo.
O que resta em mim do quarteirão
Da esquina da praça e da igreja
Postais perdidos riscos do borrão
De um passado um eco que flameja.
O que resta em mim do som do sino
Do Parnaíba correndo no seu leito
Da minha calça curta de menino
É este soneto molhado que derrama
Da raiz do humano do meu peito
Serpente suspensa que se escama...
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