quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

O Filho de Maria

Paulo José Cunha

Era casado com Maria e se chamava José. Apresentou a identidade e conferiu o resultado: negativo. Não era o pai do filho que a esposa acabara de dar à luz. Rosnou qualquer coisa, dirigiu-se à saída, quando a atendente pediu-lhe que esperasse um pouco e falou pela aberturinha do guichê: "Não sei como lhe contar, meu senhor, mas outro dia apareceu por aqui um bêbado insistindo para colhermos seu sangue. Para nos livrar dele colhemos uma amostra. Ele sumiu, sem se identificar. O sangue do menino não bate com o seu, mas o computador diz que bate com o do bêbado. Nunca vou me esquecer, era engraçado. Ele repetia o tempo todo: "Eu sou Deus, sou Deus! Mas ninguém acredita".
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Paulo José, piauinauta candango, compare mais uma vez com um conto mínimo. DIVINO! Ninguém acredita...

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