Em 1978, a Corisco Editora, aventura encantada do mestre Cinéas, publicava, em parceria com a Universidade Federal do Piauí, um grande livro do H. Dobal: “Serra das Confusões”, em que, em poesia contava “causos” da nossa gente. Os personagens eram imaginados por um cartunista ainda imberbe, chamado Albert Piauí, que ilustrou todo o livro. A reprodução que faço aqui perde por ser tirada do livro com minha digital. Mas aí vai.
A primeira que seleciono para dividir com vocês é esta da Maria Piauí, por grande laço afetivo com a retratada. Na minha infância morei em Codó, no Maranhão, onde a feiticeira local era a Maria Piauí. Diziam que até José Sarney, um jovem coronel maranhense, era freguês. E nós, os meninos, éramos assustados pelo poder que tinha a Maria Piauí. Nunca a vi. Tinha muito medo. Mas com certeza se parece com a caricatura do Albert. O grande Dobal a retrata como de fato era:
A primeira que seleciono para dividir com vocês é esta da Maria Piauí, por grande laço afetivo com a retratada. Na minha infância morei em Codó, no Maranhão, onde a feiticeira local era a Maria Piauí. Diziam que até José Sarney, um jovem coronel maranhense, era freguês. E nós, os meninos, éramos assustados pelo poder que tinha a Maria Piauí. Nunca a vi. Tinha muito medo. Mas com certeza se parece com a caricatura do Albert. O grande Dobal a retrata como de fato era:
Maria Piauí
Convocava os poderes
que os outros não tinham.
Benzia com rezas
que ninguém sabia.
Fechava os corpos
abria as almas
e enganava
os desenganados.
que os outros não tinham.
Benzia com rezas
que ninguém sabia.
Fechava os corpos
abria as almas
e enganava
os desenganados.
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