terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Dinheiro Vira Fumaça

1000TON

Sim, minhas senhoras e meus senhores, teremos um 2010 com o meu, com o seu, com o nosso buraco de ozônio mais arrombado ainda do que em 2009.

Estava muito na cara. Se, na ECA-92, os EUA e a maioria dos países mais ricos do mundo não assinaram nenhum acordo, não ia ser agora que esses mesmos nossos algozes iriam jamegar alguma coisa mais benéfica para o mundo, notadamente algo que atendesse à vizinhança mais pobre.

Não quiseram, mais uma vez, arrisca

r-se a assumir tudo de podre que dejetam pelo mundo afora: além do vômito de suas chaminés, a crise econômica fabricada pela podridão dos papéis-dinheiro, lavados e relavados, mesmo assim, mantendo o visgo nojento da jogatina desenfreada.

A desculpa pelo imobilismo (sempre acompanhado por verdes-impolutos discursos) seria a crise econômica na qual se meteram, atropelados pela sua própria ganância, e o dinheiro, que poderia ser gasto em alguma benesse para a humanidade, será novamente injetado na ciranda-cirandinha da contumaz especulação, all right ?

Quem consome quase 80% de toda a riqueza e

xtraída do planeta, quem mais destrói, quem mais polui, quem deixou para trás um rastro oceânico de lixo tóxico deveria pagar, agora, pelo seu frenesi consumista, assumindo todos os danos causados à humanidade.


E a ONU o que faz? Onde estão os programas ligados ao terceiro mundo? Cadê os recursos para diminuir a miséria no planeta? Se o descaso e o abandono já corre solto nas Nações Desunidas, ou melhor, nações unidas nos interesses do primeiro mundo, o que esperar dos mesmos países dominantes da sua cúpula, quer dizer, da sua cópula ?

Quando o primeiro mundo começa a matraquear muito sobre ecologia, sente-se um cheiro de fumaça no ar. É pura balela o que vem pela frente. E o que vem por trás nós já sabemos... É a trolha que sobra para nosotros, quando eles querem nos tapear e tapar o sol com uma imensa peneira.

A COP-15, Conferência das Partes Sobre o Clima, virou a Saliência das Partes Sobre a Cama de Ozônio.

A atmosfera terrestre virou uma imensa casa de tolerância, onde o cliente que paga mais, digo, que contamina mais, tem a primazia de jorrar o seu orgasmo, digo, o seu dejeto, no buraco das ozônicas prostitutas, a bailar ao sabor dos ventos poluentes, tais quais as imundas cortinas esvoaçantes do macabro bordel celeste.

1000TON

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