domingo, 28 de dezembro de 2014

CONFISSÕES ETÍLICAS


Às vezes desejo o que não pode ser

Às vezes amo o que não é possível

Às vezes quero tudo o que não tenho


Gosto muito do que finda

Mas sempre quero um pouquinho mais

Deixo o céu para os astronautas

Deixo o mar para os marinheiros

Deixo o poder para os que não sonham

Fico com o que resta

Como, por exemplo, uma amizade

Ou com uma bela canção brasileira

E uma cerveja estupidamente gelada



(Climério Ferreira)

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