O APRENDIZADO DO MEDO
Eu só consigo escrever
Em voz baixa
Meus versos não gritam
Apenas dizem
Deixo aos doutos
Maiores saltos
Fico eu cá
Com meus cuidados
Atravessei um tempo de ciladas
De falsas curvas
De oásis de espinhos
Aprendi escrever assim
Para escapar
Das fronteiras nos mapas
De territórios móveis
Uma plantação de silêncio
Era adubada com palavras curtas
(Climério Ferreira)
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