domingo, 5 de janeiro de 2014

1 verso

 
AS MIL FACES DO POEMA
 
O poema parece um avião de papel

Surfando na tarde ao sabor do vento

Depois que foi atirado ao céu

Pela mão do menino em suave movimento

 

O poema parece um barco de papel

Naufragando no esgoto à margem da rua

Depois de ter servido de chapéu

Ou de luneta para o menino observar a lua
 
(Climério Ferreira)

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