AS MIL FACES DO POEMA
O poema parece um avião de papel
Surfando na tarde ao sabor do vento
Depois que foi atirado ao céu
Pela mão do menino em suave movimento
O poema parece um barco de papel
Naufragando no esgoto à margem da rua
Depois de ter servido de chapéu
Ou de luneta para o menino observar a lua
(Climério Ferreira)
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