Geraldo Borges
O relógio parado
O descanso devido
Melhor não dar corda
Jaz o tempo dormindo.
.
O sono é o mergulho
Em águas paradas
Para limpar o entulho
Do abismo do nada.
.
Relógio ponteiro
Hora de despertar
Por que tão ligeiro
Se o galo não cantar?
.
As horas incertas
Quem sabe as precisas
São veias abertas
Que não cicatrizam.
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