domingo, 29 de abril de 2012

Tempo


Geraldo Borges

O relógio parado
O descanso devido
Melhor não dar corda
Jaz o tempo dormindo. 
.
O sono é o mergulho
Em águas paradas
Para limpar o entulho
Do abismo do nada. 
.
Relógio ponteiro
Hora de despertar
Por que tão ligeiro
Se o galo não cantar? 
.
As horas incertas
Quem sabe as precisas
São veias  abertas
Que não cicatrizam.

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