Para
Simão Jorge Curuca
Um presente de Natal
com votos para que a “profecia” se realize.
Um abraço do amigo
.
Geraldo Borges.
.
Ganhei uma estatua da municipalidade
Eu – um escritor de carne sangue e osso
Estou bastante contente, é a posteridade
Os meus leitores acham-me um colosso.
Não sentei em uma cadeira da Academia
Talvez por ser mulato e represente o povo
Eis erguida a minha estatua – quem diria?
E participasse da festa com todo coração
Deixando muitos modernos para trás
Que se perderam no andar da procissão.
Minha estatua está firme e inaugurada
Graças a Simão Jorge que foi capaz
De lançar a primeira pedra da empreitada. ..
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Geraldo Borges fez esse poema para o Simão da Casa Lima Barreto, que vem lutando para conseguir uma estátua do patrono na rua Lavradio, por onde ele andava. Parece que a municipalidade ouviu os seus reclamos e a estátua vai sair. Esperamos que em breve.
Um comentário:
Quando estava na universidade precisei fazer um trabalho monográfico sobre as personagens em Recordações do Escrivão Isaías Caminha. Foi quando conheci e me apaixonei por Lima Barreto. Na epígrafe pus um texto de Tristão de Athayde que define um pouco quem foi Lima Barreto:
"Os escritores medíocres morrem com a morte, qualquer que tenha sido seu êxito em vida. Os autênticos se imortalizam com ela. A figura de Lima Barreto confirma essa regra. Se a sua vida de pária social foi uma longa morte, de sofrimento, incompreensão e miséria, a morte é que o restituiu à vida e nos forneceu a verdadeira imagem de sua genialidade."
Parabéns ao Simão, Geraldo Borges e Edmar.
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