domingo, 9 de janeiro de 2011

Lima Barreto


Para

Simão Jorge Curuca

Um presente de Natal

com votos para que a “profecia” se realize.

Um abraço do amigo

.

Geraldo Borges.
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Ganhei uma estatua da municipalidade

Eu – um escritor de carne sangue e osso

Estou bastante contente, é a posteridade

Os meus leitores acham-me um colosso.

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Não sentei em uma cadeira da Academia

Talvez por ser mulato e represente o povo

Eis erguida a minha estatua – quem diria?

E como se eu voltasse ao meu rio de novo.

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E participasse da festa com todo coração

Deixando muitos modernos para trás

Que se perderam no andar da procissão.

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Minha estatua está firme e inaugurada

Graças a Simão Jorge que foi capaz

De lançar a primeira pedra da empreitada. ..


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Geraldo Borges fez esse poema para o Simão da Casa Lima Barreto, que vem lutando para conseguir uma estátua do patrono na rua Lavradio, por onde ele andava. Parece que a municipalidade ouviu os seus reclamos e a estátua vai sair. Esperamos que em breve.



Um comentário:

Célia Vaz disse...

Quando estava na universidade precisei fazer um trabalho monográfico sobre as personagens em Recordações do Escrivão Isaías Caminha. Foi quando conheci e me apaixonei por Lima Barreto. Na epígrafe pus um texto de Tristão de Athayde que define um pouco quem foi Lima Barreto:
"Os escritores medíocres morrem com a morte, qualquer que tenha sido seu êxito em vida. Os autênticos se imortalizam com ela. A figura de Lima Barreto confirma essa regra. Se a sua vida de pária social foi uma longa morte, de sofrimento, incompreensão e miséria, a morte é que o restituiu à vida e nos forneceu a verdadeira imagem de sua genialidade."

Parabéns ao Simão, Geraldo Borges e Edmar.