quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Histórias de Waldick (2)


Caro Piauinauta,

Mando-te esta de Antonio Cavalcante, cujo pai era dono de uma vidraçaria na rua Bela, perto da Praça Pedro II.
Ass: Nacif Elias Hidd


Chico Rosa, um afro-descendente de cabeça seca, atualmente com mais de um século, ainda em atividade carnavalesca, era baterista de um conjunto regional em Teresina lá pela metade dos 60s. Trabalhava na vidraçaria do velho meu pai.
Contou-me:“Nosso conjunto foi para Caxias contratado pelo Valdick que faria um show no clube daquela cidade. Fomos num pé redondo e o Valdick seguiria mais tarde num asa dura (Caxias fica a cerca de 50 quilômetros de Teresina). Quando o Soriano chegou, à noite, no “aeroporto”, não encontrou ninguém para recepcioná-lo. Puto, seguiu para a cidade, encontrou-nos, perguntou a um passante onde ficava a zona e pra lá nos mandamos. No maior cabaré dacidade organizaram um canto e, sentado no chão, com um litro de uísque, começou um show de arromba. O macharal que estava no clube foi informado e todo mundo se mandou pra zona esvaziando a festa patrocinada pela prefeitura. Mais tarde chega o prefeito aflito: você tem um contrato a cumprir!Pega o dinheiro e o contrato e... some daqui. A farra foi até o clarear da barra.”

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