quinta-feira, 4 de setembro de 2008

AS TÁBUAS DA LEI

Edmar Oliveira


Sou uma criatura que não tem muita fé no Criador. Não acredito nele e creio que o homem veio de uma linhagem de macacos não darwiniana. Como neóteno, acredito mais que o tal de ser humano é descendente de uma evolução de macacos que não se completou. Os outros macacos tão dentro da natureza, nós estamos fora dela. Somos seres que não deram certos na ordem da natureza. Portanto, para suportar essa perda, tivemos que criar uma segunda natureza que é essa tal de cultura. Mas não é nada disso que quero desenvolver nesta crônica ordinária, mesmo que isso sirva à sua introdução.


Quero tecer um pequeno comentário sobre as Tábuas da Lei, que Moisés recebeu do próprio Deus no monte Sinai. Segundo o Livro do Êxodo, e repetido no Livro do Deuteronômio, as leis serviram para organizar o povo que seguia Moisés em busca da Terra Prometida. E Deus, num movimento que não consegui entender até hoje, fez o cajado de Moisés achar água e seguindo a ordem dada pessoalmente a ele, conduzir o povo hebreu, abrindo o mar Vermelho, para Israel. Se tivesse o cajado de Moisés achado petróleo, e se ele fosse em outra direção, a história seria outra...

Pois bem, foi com as leis cravadas na pedra que Moisés conseguiu organizar a nação hebraica como um Estado. Esta segunda Constituição dos judeus, a primeira Moisés quebrou e ninguém sabe em que diferia da segunda, serviu para organização do Estado do povo de Deus. A religião cristã, fundada em cima do livro judaico, adaptou os mandamentos como sendo também do povo de Cristo. Como se a medida provisória apresentada por Deus fosse aprovada no congresso cristão (que o presidente não me ouça).


Mas desde as aulas do catecismo que cismo com as Tábuas da Lei. É pecado mortal desobedecer aos mandamentos e leva o crente para o fogo dos infernos. Eu sempre achei dois mandamentos completamente diferentes do grau de severidade dos outros. Quando acreditava em Deus era fácil seguir os mandamentos que ordenavam sua adoração. Não matar, não roubar, não cobiçar coisas alheias, não levantar falsos testemunhos. Nesses mandamentos me era claro o grau de responsabilidade exigido ao povo de Deus ou do Cristo, seu filho salvador. Agora, não pecar contra a castidade (em palavras ou obras) e não cobiçar a mulher do próximo não é um pouco demais? E as inevitáveis saliências que praticávamos crianças? Acho que minha fé ficou abalada ali nas aulas de catecismo: a professora era casada, muito bonita, e eu me pegava cobiçando a moça. E em vez de me preparar para a primeira comunhão com o Criador tava lá eu desejando a moça e me preparando para o fogo dos infernos... Depois de certa idade já não tem perigo o da castidade. Mas não desejar a mulher do próximo (principalmente quando ele estiver longe) é um mandamento muito difícil de cumprir...


2 comentários:

Netto de Deus disse...

Não foi só em você que a igreja católica fez esse estrago reparável todo! Botar, entre você e Deus, tranqueiras como professoras seduzentes, padres viados, Ribamar com sobrenome Sarney(!), e o marketeiro do cramulhão, bita do barão! Ô Edmar, não há fé que resista, fazendo morada numa carne que já é, por natureza mundana, fraca.

Odair disse...

Olá boa noite!!!
Antes de falar sobre as leis, primeiro precisamos saber quais são as leis, as leis mão são estas apresemtada pelo catolicismo. Este é o primeiro passo.
Procure primeiro saber quais são os dez mandamentos, não na bíblia do católico que foi mudado.
Lei a profecia que está em Daniel 7:25