Edivan Batista
Recentemente, retornei à mesopotâmica, quente e querida Teresina, a outrora cidade verde.
Tive a agradável surpresa da revitalização da bonita e aprazível FREI SERAFIM, avenida central e crucial, digna de cartão postal, que merece ser visitada e bem freqüentada.
Apesar de não constarem da lista oficial da PIEMTUR, distribuída em hotéis, os melhores locais onde comi foram: Carne de Sol (João Cabral 1472-n, em frente à Uespi), Casa Grande (Ininga), VTS (João Cabral 30-s) e Miguel Buchada (7 de setembro 2336-s), dentre outros não tão famosos e não tão caros como os divulgados pelo trading turístico.
O primeiro desapontamento foi com os motoristas de táxi: quase nenhum sabe exatamente onde se localizam hotéis, bares, restaurantes, pontos turísticos e outros locais que o passageiro deseja visitar.
Logo no aeroporto, pedi ao motorista para me levar ao METRO HOTEL, na 13 de maio, de frente pro Clube dos Diários, onde funciona o Clube do Vinil, sob o comando do Esdras. Qual não foi minha surpresa, o táxi parou na Frei Serafim, em frente ao METROPOLITAN. Erro primário e inadmissível.
É necessário que se tenha mais cuidado na renovação das licenças desses verdadeiros agentes do turismo. Da mesma forma, os sindicatos e cooperativas que congregam a categoria também devem se esforçar para melhorar a qualidade do atendimento, instruir seus associados, fornecer-lhes mapas e listas dos locais mais procurados.
As maiores tristezas ficaram por conta da sujeira e do comércio ambulante, principalmente na área central, que desconfiguraram totalmente a bucólica capital piauiense.
A falta de rede de esgoto é questão antiga. Só agora a CODEVASF começa algumas obras de revitalização da bacia do Rio Parnaíba, incluindo o saneamento básico em várias cidades ribeirinhas do “velho monge”. O descaso de comerciantes e a falta de educação de parte do povo devem ser objeto de permanente ação fiscalizatória em relação ao lixo: acondicionamento, depósito, horário, coleta e reciclagem.
Já o comércio ambulante, em que pese as questões da disputa do “espaço urbano” e as razões socioeconômicas, é inadmissível manter-se a irregular ocupação do espaço público destinado a comércio ambulante, limitando a quantidade de barracas em cada rua e permitindo a livre passagem de pedestres, principalmente nas ruas Teodoro Pacheco, Álvaro Mendes e Simplício Mendes, bem como nas praças Rio Branco e Bandeira. O shopping em construção tem capacidade para abrigar apenas 800 camelôs, mas o centro da cidade está tomado por milhares desses informais, comercializando produtos sem nenhuma condição de higiene e sob suspeita de contrabando e sonegação, dentre outras mazelas.
É o caos!.
A minha Teresina, cantada pelo Maestro Aurélio Mello, não troco jamais.
Mas, as condições de gestão da cidade verde, para termos limpeza pública, comércio ambulante regularizado e bom atendimento ao visitante, merecem imediatas, rápidas e eficazes alterações.
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Não conheço o missivista. Mora em Brasília e deu permissão ao Paulo José para a publicação. Não tenho a dureza de seus comentários (pela paixão recente da visita). Mas no geral ele tem razão...
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