domingo, 25 de janeiro de 2015

ARNALDO


Escrevi um poema para o Arnaldo
E sem querer rasguei o poema
Era um poema mal fadado
Falando de um velho tema.

Da morte que nos espera
Na rua ou num bar da esquina
Essa deusa essa quimera
Que nos eleva e nos ensina.

Na Rua José dos Santos e Silva
No velho bairro do Barrocão
Arnaldo  bebeu sua alma viva
Com a sede da sua solidão.

A morte veio de mansinho
E  tocou de leve o seu peito
E o ceifou com o seu ancinho,
E disse você é meu eleito.

Você está em estado de graça
Do vinho vem a comunhão
 Brindemos essa ultima taça

A morte é a tua consagração.

(Geraldo Borges)




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