domingo, 4 de novembro de 2012

Homenagem a Gonzaga


A NAVE DO INFINITO



No fim, o infinito é bonito:
Uma explosão de estrelas,
Buracos negros
Vagos caminhos das constelações
Planetas aflitos vagando no nada

(Olha pro céu, meu amor)

No fim, o infinito não é o céu:
Não tem querubins,
Nem nossos amigos mortos
Nem a mão direita de deus acenando

(Vê como o céu está lindo)

No fim, o infinito é um barco:
Uma nave em fuga no mar do espaço
Enfrentando imprevistas tempestades
Na busca de atingir seu recomeço

(Olha praquele balão multicor)


(Climério Ferreira)

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