Geraldo Borges
Meu duplo é um disfarce
Na frente do espelho
Fitando a minha face.
Na minha gravata
O nó corredio
Desata o no górdio
Do meu suplicio
Marcel Proust
Não fique triste
Molhe seu biscoito
Vá ser feliz
Nos salões de Paria.
.
Judas junto com Jesus
As mãos no mesmo prato
Ruminam sombra e luz
Ao sabor do repasto
No alto
De minha auto-estima
Eu perco a rima.
Sou eu sou eu
O abutre que se nutre
Do fígado de Prometeu.
Não almoce a maça
Menina moça
Cuidado com o amanhã.
Quem vai tirar o goivo
Do véu da noiva
Sou eu – disse o corvo.
Lar doce lar
Café com açúcar
È de amargar
Obrigado Al Capone
Nesse Natal
Pelo Panetone...
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