quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Não se Pode (do Geraldo)

Geraldo Borges



Era uma vez na antiga Teresina

Uma mulher Não Se Pode um fantasma

De aparição em aparição sua sina

De tanto fumar morreu de asma.





De noite aparecia em um quarteirão

Pedindo cigarro a um desacompanhado

E se esticava para acendê-lo no lampião

Deixando o transeunte muito assustado.



Às vezes pelas noites em solidão

Acendo um cigarro em meu apartamento

E sinto na fumaça a sua aproximação.



E espio a rua pela janela na ilusão

De quem sabe na magia do momento

Eu coloque um cigarro em sua mão.

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republicado pela oportunidade e beleza...

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