Geraldo Borges
Meu primo poeta Mario Faustino
Morreu em um desastre de avião
Eu nunca imaginei que seu destino
Seria se iluminar em uma explosão.
Estilhaços de vitrais de sua poesia
Está nos olhos da minha geração
Que os lê cada vez mais se extasia
Bebendo de seu vinho e de seu pão.
Mario Faustino um anjo um albatroz
Que voou para o céu do meu sertão
E borrifou seus versos sobre nós.
Como lamina de fogo fênix alada
Mario Faustino não morreu em vão
E rompeu no horizonte a madrugada
Torquato Neto
Geraldo Borges
Nasceu na rua da Pacatuba
Hoje chamada rua São João
Corria rua abaixo rua arriba
Menino não sabia a sua paixão.
Jovem foi embora de sua terra
Lá fora viu um mundo diferente
Era um convite pra entrar na guerra
Desafiando o coro dos contente.
Virou poeta artista tropical
Na confraria de outros companheiros
Compôs dançou sua geléia geral.
E de repente ao mundo pediu trégua
Num gesto extraordinário e sobranceiro
Resolveu quebrar compasso e régua.
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Geraldo Borges. o piauinauta pantaneiro, ataca de dois poemas para grandes poetas piauienses (como já tinha feito com Dobal - procure arquivo mês de dezembro aqui no blog). "Poemas na via láctea dos poetas" (sou eu que me atrevo nomear) parece ser um estudo de Geraldinho. Se assim sesse é fabuloso... (Edmar)O título foi tirado do livro do Zózimo, do qual falo abaixo. Esses dois estão lá.
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