CINZAS
DEPOIS QUE TERMINAMOS VIROU CINZAS
QUANDO O AMOR É FOGO E VIRA CINZAS
É QUE O ESPELHO DO TEMPO
PARTIU-SE EM LENTA AGONIA
AMARELANDO A FOTOGRAFIA
NOS TRANSFORMANDO NUM VELHO POSTAL
E CIGARRO QUE TRAGO ENTRE OS DEDOS
COMO AMOR TÃO BANAL
COMPANHIA FUGAS QUE VIRA CINZAS
CINZAS
POR QUANTAS LUAS FUI TEU MENESTREL
E A TUA LUVA NEGRA SOBRE O MEU CHAPEL
ENXUGAVA A GAROA FINA DOS MEUS AIS
QUE NADA MAIS QUE ERAM
CINZAS
QUANDO O DANCING FECHA A BAILARINA
VÊ QUE A FLOR QUE GANHOU JÁ MURCHOU EM SURDINA
PARA SEU DESCONSOLO O PERFUME SE ESVAI
poema: Lázaro José de Paula
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desenho: Gabriel Archanjo
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