A notícia sobre a morte de LOU REED,bateu como um martelo sobre minha cabeça,ontem a noite. Incrível como algumas pessoas e alguns artistas estão profundamente ligados aos nossos sonhos, e momentos cruciais em nossas vidas. A primeira vez que ouvi em disco de LOU REED, foi em 1978, trata-se do belíssimo STREET HASSLE, repleto de pérolas pop como DIRT/GIMME SOME GOOD TIMES,REALLY THE GOOD TIMES TOGETHER;WATI/e a faixa título, uma soberta suíte pop com mais de 11 minutos. em seguida, fui me busca de tudo que ele havia gravado com o lendário VELVET UNDERGROUND, final dos anos 60. Gostei de tudo! Procurei por outros discos de LOU, e coloquei entre meus favoritos obras como: LOU REED 1972/TRANSFORMER 1972/BERLIN 1973/CONEY ISLAND BABY 1976/THE BELLS 1979/THE BLUE MASK 1982/LEGENDARY HEARTS 1983/NEW YORK 1989/SET THE TWILIGHT REELING/THE RAVEN 2003 - Ou seja, tres década de rock e poesia. As letras de LOU REED refletiam o submundo dos grandes centros urbanos, algo que séculso atrás já havia despertado a poesia de BAUDELAIRE, POE, DELMORE SHWARTZ, RIMBAUD, BURROUGHS, GINSBERG, e outros poetas e artistas desta estirpe.
Engraçado, como a obra de LOU REED me tocou, e formou a trilha sonora de amores e desamores, fé e desespero de muitos amigos e inimigos. Eu me acostumei com sua voz, suficientemente pessoal e instransferível como acontece em BOB DYLAN e NEIL YOUNG para que amássemos sua música, seu jeito de ser, pouco chegado aos estrelismos, muito comum entre alguns pseudo-artistas de nossa época. LOU REED nunca precisou de muito, bastava sua voz soturna como em " MAN OF GOOD FORTUNE", ou na clássica " WALK ON THE WILD SIDE", para nos mergulhar em minutos preciosos de poesia e canção pop. Díficil admitir como ele se foi, ainda meio esquecido pela turminha de hoje, mas essa nunca foi a dele, nem nunca precisou encher estádios ou vender milhares de discos - já era grande, uma artista sempre crescendo soberano em público,
(everi rudinei carrara: poeta,músico,editor do site telescopio.vze.com)
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