BOA ESPERANÇA
Ou ÁGUAS DILACERADAS
Deram um nó nas tripas do rio
E deixaram os peixes a ver navios
Para arrancar energia desse estrangulamento
Assassinaram a vontade das águas
Vez por outra se vê crescer onde era rio
Uns matinhos recém-desafogados
Ao sentir que o fluir das águas esgarça
O verde denuncia uma ameaça
Não pesque a lua refletida nas águas
Nem as estrelas da superfície da noite
(Climério Ferreira)
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foto do site acessepiaui: o rio antes navegável após o "nó nas tripas" que o poeta chora
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foto do site acessepiaui: o rio antes navegável após o "nó nas tripas" que o poeta chora
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