domingo, 14 de abril de 2013

. . .SEBO NAS CANELAS, estou chegando lá!


 1000TON  
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             Dia desses estava eu passando perto de um sebo novo, que eu não conhecia... eu disse sebo novo?
           Bem, pode parecer contraditório, mas o personagem sobre o qual eu farei comentários em seguida, com referência à sua brilhante trajetória biográfica, verifico ser o encaixe perfeito da mão-substantivo com a luva-adjetivo, a característica principal da sua personalidade, ou seja, o composto sebo novo.
          Sim, como eu dizendo, ao tentar garimpar alguma preciosidade literária naquela pequena loja da rua Visconde do Rio Branco, deparei-me, por acaso, com uns 30 exemplares de certo  livro que estavam encalhados, escondidinhos, ali naquele canto, todos empoeirados, coitados, mofados, esquecidos ali entre os tantos outros adormecidos...
          O título era: “A arte da Política”. Custavam 7 (SETE!) merréis, estava escrito em cada uma das etiquetazinhas amareladas, juro. Agora, claro, já dei toda a pista, a maioria dos meus meia dúzia de leitores já sabe da figura impoluta, à qual estou me referindo, né não?
         Bingo! O autor é ele mesmo... Aquele que vendia as cartelas de jogo para UNS executivos empedernidos, com seus garbosos ternos, ele era aquele que “cantava” as pedrinhas, gritava para a platéia quais os números sorteados, tirados da sacolinha, balançada por suas trêmulas mãos, com uma volúpia ensandecida, e, quando algum dos presentes completava todos os quadradinhos, ele soltava a voz de júbilo-prazer: BINGOooo!!!
         _”O Senhor, aqui à minha direita, acaba de levar uma telefônica, BINGO! O Senhor lá no fundo, perto da janela, acaba de levar uma mineradora, BINGO! A Senhora ali, de vestido longo, acaba de levar uma companhia de eletricidade, BINGO! BINGO! BINGO!...” 
           E o Brasil quebrou 3 vezes!...
           Me ajuda, Raul Seixas: “... Nós não vamo paga nada! Nós não vamo paga nada!”....É tudo free! Tá na hora, agora é free...Vamo embora!”
           Tempo passa e o “sebo” toma conta da mente do nosso personagem, do seu corpo, do seu terno, da sua gravata, da sua língua, da sua boca mole, e ele, sem perceber, ou fingindo não perceber, a sua decrepitude mental e física, tenta, a todo custo, a todo pano, vender a sua imagem como:
          “O Novo”, aquele que pensa o Brasil do futuro, aquele que iluminará o caminho para o sucesso do nosso imenso Pindorama, infelizmente, hoje, “atolado na lama da corrupção, no atraso, sem rumo, sem norte, à beira da morte...”
           “Ainda falta muito por fazer, ainda falta A PETROBRAX, ainda falta A CAIXA, ainda falta O BANCO DO BRAZIL, enfim, estou de volta para caminharmos juntos novamente!”
           Meus caros leitores, esse cara não percebeu, apesar do auxílio luxuoso da imprensa marron-golpista, que estava falando pras paredes, que estava discursando pro vazio, e aí, quando percebeu que não tinha mais platéia, que sequer viv’alma prestava atenção ao que ele dizia, resolveu então, fazer sabe o quê? Advinha, meu povo, advinha...

          Resolveu candidatar-se à ABL !... (sentir-se-á em casa, lógico). Sim, tomou a nobre iniciativa de pleitear uma cadeira dessa academia sebenta (assim como ele próprio), da velha e carcomida Senhora Brasileira de Letras, cadeira outra que já recebera, recentemente, El Impoluto Merdal Pereira, cadeira futura outra que, quiçá, poderá pertencer à Sra. Emérita Economista Míriam Leviatã, ou, quem sabe, ao Guru Global Sardento-Berg...

 

          TREMEY SARNEY!!!
          O “YMPERADOR DE HYGYENÓPOLYS” ESTÁ A CAMYNHO!
          O SEBO NOVO,
          ÊPA HEI!
          CREDO EM CRUZ!
          PÉ DE PATO, MANGALÔ, TRÊIS VÊIZ!
 
 
 



 

 

 

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