1000TON
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Dia desses estava eu passando perto de um sebo novo,
que eu não conhecia... eu disse sebo novo?
Bem, pode parecer contraditório, mas
o personagem sobre o qual eu farei comentários em seguida, com referência à sua
brilhante trajetória biográfica, verifico ser o encaixe perfeito da mão-substantivo com a luva-adjetivo, a característica
principal da sua personalidade, ou seja, o composto sebo novo.
Sim, como eu dizendo, ao tentar
garimpar alguma preciosidade literária naquela pequena loja da rua Visconde do
Rio Branco, deparei-me, por acaso, com uns 30 exemplares de certo livro que estavam encalhados, escondidinhos, ali
naquele canto, todos empoeirados, coitados, mofados, esquecidos ali entre os
tantos outros adormecidos...
O título era: “A arte da Política”. Custavam
7 (SETE!) merréis, estava escrito em
cada uma das etiquetazinhas amareladas, juro. Agora, claro, já dei toda a
pista, a maioria dos meus meia dúzia de leitores já sabe da figura impoluta, à
qual estou me referindo, né não?
Bingo! O autor é ele mesmo... Aquele
que vendia as cartelas de jogo para UNS executivos empedernidos, com seus
garbosos ternos, ele era aquele que “cantava” as pedrinhas, gritava para a
platéia quais os números sorteados, tirados da sacolinha, balançada por suas
trêmulas mãos, com uma volúpia ensandecida, e, quando algum dos presentes
completava todos os quadradinhos, ele soltava a voz de júbilo-prazer: BINGOooo!!!
_”O
Senhor, aqui à minha direita, acaba de levar uma telefônica, BINGO! O Senhor lá no fundo, perto da
janela, acaba de levar uma mineradora, BINGO!
A Senhora ali, de vestido longo, acaba de levar uma companhia de eletricidade, BINGO! BINGO! BINGO!...”
E o
Brasil quebrou 3 vezes!...
Me ajuda, Raul Seixas: “... Nós não
vamo paga nada! Nós não vamo paga nada!”....É tudo free! Tá na hora, agora é free...Vamo embora!”
Tempo passa e o “sebo” toma conta da
mente do nosso personagem, do seu corpo, do seu terno, da sua gravata, da sua
língua, da sua boca mole, e ele, sem perceber, ou fingindo não perceber, a sua
decrepitude mental e física, tenta, a todo custo, a todo pano, vender a sua
imagem como:
“O Novo”, aquele que pensa o Brasil
do futuro, aquele que iluminará o caminho para o sucesso do nosso imenso
Pindorama, infelizmente, hoje, “atolado
na lama da corrupção, no atraso, sem rumo, sem norte, à beira da morte...”
“Ainda
falta muito por fazer, ainda falta A PETROBRAX, ainda falta A CAIXA, ainda
falta O BANCO DO BRAZIL, enfim, estou de volta para caminharmos juntos
novamente!”
Meus caros leitores, esse cara não
percebeu, apesar do auxílio luxuoso da imprensa marron-golpista, que estava
falando pras paredes, que estava discursando pro vazio, e aí, quando percebeu
que não tinha mais platéia, que sequer viv’alma prestava atenção ao que ele dizia,
resolveu então, fazer sabe o quê? Advinha, meu povo, advinha...
Resolveu candidatar-se à ABL !... (sentir-se-á
em casa, lógico). Sim, tomou a nobre iniciativa de pleitear uma cadeira dessa
academia sebenta (assim como ele próprio), da velha e carcomida Senhora Brasileira de Letras, cadeira
outra que já recebera, recentemente, El Impoluto Merdal Pereira, cadeira futura
outra que, quiçá, poderá pertencer à Sra. Emérita Economista Míriam Leviatã,
ou, quem sabe, ao Guru Global Sardento-Berg...
TREMEY
SARNEY!!!
O
“YMPERADOR DE HYGYENÓPOLYS” ESTÁ A CAMYNHO!
O
SEBO NOVO,
ÊPA
HEI!
CREDO
EM CRUZ!
PÉ
DE PATO, MANGALÔ, TRÊIS VÊIZ!
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