domingo, 28 de abril de 2013

Contículos Paranóicos I

(iniciamos a série de Léo)

Primeiro movimento

Primeiro ela pediu com carinho: morde, morde.
Ele cuspiu um pedaço de carne e sangue. Ela não reclamou. Ficou caladinha, gemendo baixo.
- Morde aqui.
E ele cuspiu um dos mamilos. O sangue escorrendo pelo queixo, manchando sua barba grisalha.
Ai, ela gemeu, não sei mais o que lhe pedir.
E ele então apertou a gravata em torno do pescoço. Ela revirou os olhos enquanto gozava e morria.

(Léo Almeida)

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