Lázaro José de Paula
tua longa cabeleira negra
está pontilhada de estrelas vistas da tua varanda.
eu ando com a cabeça nas nuvens
pra ter essas visões
de salmões que saltam
pruma imaginaria piracema
da qual não nessecitam .
por sua vez outros peixes do teu aquario
elétricos, dão choque a esmo
a torto e a direito
e cravam em cheio meu coração
numa voltagem alucinadamente insensata
matando familias inteiras sem nem ir ao cinema
enquanto tua zoon me torna pequeninamente
i n f i n i t e s i m a l
meu mal, é te amar com meu sincero desespero
e, sem saída, me enrolar nas tuas teias,
tuas novelas, teus novelos
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