domingo, 27 de março de 2011

ESTÁ ESCURO NO IMPÉRIO DO SOL

1000TON

Mussorgsky, Uma Noite no Monte Calvo, inunda minha cabeça tsumagnificamente.


Os sismógrafos físicos detectaram quase 7, número cabalístico para um tremor de terra terrível!


Meu cismógrafo (medidor da minha cisma) me diz que nem assim o império capitalista vai se mancar com o dramático acontecimento no Japão.


Nunca dantes uma ferida ficou tão arreganhadamente exposta como agora: Não dá mais para acreditar no “PARA PODER CONSUMIR COMPULSIVAMENTE, MORRA DE TANTO TRABALHAR!”.


E os japas morreram de trabalhar mesmo, deram um duro danado... Em menos de 30 anos, arrasados no pós-guerra, o país se ergueu `a maior potência econômica mundial.


Como na “Venerável Ordem do Zeus Mercado” o dinheiro não tem cor, aliou-se ao seu algoz atômico, os EUA, para se tornar um dos mais importantes parceiros no desenvolvimento do modelo neoliberal que assola o planeta.


Ordem...Seu lugar... Sem Rir... Sem Falar... E consuma bem rápido, use, desfrute, jogue fora, compre logo outro... e vamo que vamo produzindo cada vez mais e mais, a altíssima e sofisticada tecnologia dá o suporte necessário para essa produção desenfreada, O BONDE “DODESKADEN” (Akira Kurosawa) ESTÁ SEM FLEIO, ATLOPELANDO TUDO QUE PASSA PELA FLENTE.


Para manter todo esse espetáculo acontecendo nas catedrais do consumo é preciso muita, mas muita energia, são necessários nada menos do que 54 reatores, o Japão é o terceiro do mundo em produção de energia nuclear.


Os japoneses mais abastados são tão ricos, que se dão ao luxo de praticar a filantropia. São milhares e milhares de ONG’s internacionais (aqui no Brasil também atuam), muitas delas, pasmem, existem para enfrentar o envenenamento da terra pela radiação nuclear, ou seja, os próprios nipônicos magnatas botam seus ienes em instituições que combatem justamente a elite abrigada no comando do poder econômico, BLINCADÊLA, NÕ?


Blincadêla, nada, imagine uma família japonesa bem posta na vida, nas suas bem equipadas casas, usufruindo de todo o conforto e bem estar que o dinheiro proporciona, de repente, depois de um tsuterremoto estão passando um frio arretado, “cozinhado no meio da lua com um fogaleilinho ‘Jacalé’ e ainda pol cima vai faltá quelosene, né?”...


Todo japonês, depois de aliviado desse fatídico aperto, deveria fazer o chamado “PASSEIO SOCRÁTICO”, descrito pelo Frei Betto que consiste em caminhar pelos Shoppings da vida para ver de quanta coisa a gente NÃO precisa...





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