domingo, 12 de setembro de 2010

Nunca o mesmo rio

Geraldo Borges


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Tenho um rio mitológico


Plantado em meu coração


Pode não ser um rio lógico


E das nuvens cai no chão.



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Tenho um rio de lavrador


Que banha a estrela da manhã


Um rio de um velho pastor


E no seu leito eu planto lã.


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Tenho também um rio delta


Que come capim e rumina


Um rio monge de um poeta


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Plural são os rios que tenho


Tenho um rio que me ensina


A navegar o meu engenho.



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