domingo, 4 de julho de 2010

VOCÊ É UM HOMEM OU UM RATO?

1000TON

Sabem quem, pela primeira vez, dirigiu essa pergunta aos seus pares? Sim, muitos acertaram. Foi ele mesmo, o rato.

Os roedores, de há muito, sacaram que o homem, além de covarde, não é nada confiável. E de tão crápula que é, subjuga o próprio homem.

Observando o comportamento humano, fizeram questão absoluta de não se misturar com essa gentalha e considerá-los a pior espécie de mamífero existente na face da terra.





Rato é solidário com rato, é leal, vive em perfeita harmonia com a sua comunidade. Fica escondido, sim, nos becos, nas sarjetas, é verdade, mas isso foi condição imposta pelos humanos.

Rato não gosta de esgoto não, rato é inimigo da sujeira. Se pudesse viveria em ambientes limpos, tomaria sol e banho todo dia, sua alimentação seria sadia, à base de frutas, vegetais, legumes, cereais e tudo de bom que a natureza oferecesse. Mas o ser humano não permite.

A exclusão do rato deveu-se à preferência dos humanos pelas ratazanas, essas sim, as verdadeiras parceiras no mundo da troca que o homem inventou.

Nesse mundo deles, quem tem muito para trocar se dá bem, quem só tem o trabalho para oferecer, e nada para trocar, se estrepa, vive sendo explorado.





Nosso sistema de trocas é bem honesto: trocamos um pedaço de queijo por fios de barbante, para melhorar nosso ninho. Um pouco de palha macia, para servir de cama, por um pedaço de toucinho, e assim por diante.

Os nossos algozes criaram o tal de dinheiro e outros “papéis” de igual ou mais valor, e aí entram as ratazanas que sabem, como ninguém, fazê-lo multiplicar-se e armazenar riquezas incalculáveis.

Na outra ponta da bandidagem estão os políticos, ratazanas, que se alimentam daquele dinheiro sujo, utilizando-se das artimanhas mais sórdidas para ludibriar a maioria, que não têm dinheiro.





Nós, roedores, furtamos para sobreviver, trabalhamos na calada da noite para buscar nosso sustento. E vocês sabiam? Encontramos muitos humanos nos lixos, figuras maltrapilhas que disputam restos de comida conosco, é sim!

Famílias inteiras às vezes; mulher, velho, criança, muita gente mesmo, chafurda na imundície para não morrer de fome... E tem mais. Esses miseráveis moram tão mal quanto os nossos irmãos, em barracos, palafitas, casebres insalubres, onde só tem sujeira e podridão em volta.

Se o humano tem dinheiro, domina a tecnologia, como pode tratar assim outros humanos iguais a eles?!...

Nossos sábios ratocientistas e rantropólogos já fizeram uma fantástica descoberta na cadeia da evolução das espécies: o homem é o rato que não deu certo. É estarrecedor não é? Mas é a pura verdade!

E vai chegar um dia em que nós, ratos, mostraremos ao mundo e a todos os homens de bem deste planeta, quem realmente somos:

Fazemos parte, com muito orgulho, de uma comunidade de seres muito honrados, quero dizer, honratos.

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