Climério Ferreira
A insaciável fome dos abismos
Engole os becos íngremes
E igrejas proliferam na paisagem
Numa desarrumação espacial
De pássaros embriagados
Os tesouros não mais existentes
Devem ter sido ali postos
Na vã esperança de que humanos
Não habitariam tão inóspita demografia
Desafiando as leis do equilíbrio
Foram sendo edificadas nas encostas
As mais aconchegantes residências
E as mais belas janelas e sacadas
Pedra sobre pedra no passar do tempo
Foi-se eternizando o histórico sofrimento
A que foram submetidos os escravos
Na composição de tão singular beleza
Engole os becos íngremes
E igrejas proliferam na paisagem
Numa desarrumação espacial
De pássaros embriagados
Os tesouros não mais existentes
Devem ter sido ali postos
Na vã esperança de que humanos
Não habitariam tão inóspita demografia
Desafiando as leis do equilíbrio
Foram sendo edificadas nas encostas
As mais aconchegantes residências
E as mais belas janelas e sacadas
Pedra sobre pedra no passar do tempo
Foi-se eternizando o histórico sofrimento
A que foram submetidos os escravos
Na composição de tão singular beleza
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