quinta-feira, 30 de julho de 2009

o meu amor pelo sertão


Teresa Cristina


Era pela manhã... Eu olhei as flores de uma rama de maracujá que subia numa latada bem em frente a minha casa. Estive em silêncio, só conhecendo o tom das cores.
E uma felicidade brotou em mim; não careço definir o que senti. Não tenho porque gritar que amo! Há em meu espírito, uma cor de flores, de sabores matutinos dentro de mim, apesar de ser quase entardecer. Não namoro o tempo.
Quero é gritar ao mundo da primavera no sertão. É tanta poesia na natureza que ela só pode estar em festa. Mas sei que não há primavera aqui... Há apenas um doce sabor no ar... de flores dos cajus vingando... de brotos de manga... de goiabas maduras... do cheiro da terra em minha alma.
Que me digam do mistério da música dos canários, dos sabiás, dos bem-te-vis... Até do canto do riacho quando suas águas descem nas encostas dos morros. Como irei pedir uma explicação da mata ser tão verde a meus olhos?
Estou a alguns passos da serenidade da vida. Tenho certeza! Meu corpo já singrou mares, percorreu estradas, cruzou ruas, dobrou esquinas que nos separam da maioria de nossos sonhos e me encontro bem frente à porta da entrada de minha casa... Em meus olhos há toda essa beleza de meu sertão.
Venho ao raiar do dia falar de amor... do meu amor... do nosso amor pela vida.
Mas algo preciso dizer: Ama o sertão que ele vai abrigar teu olhar a cada amanhecer...

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