quinta-feira, 28 de maio de 2009

DEUSES





Edmar Oliveira

Tenho pra mim que o problema da religião é o singular. Com os deuses no plural cada qual tinha o seu na preferência e simpatia. Agora, as religiões monoteístas são o fundamento da intolerância. Se só o meu deus é a verdade, logo o outro é a mentira. Estamos prontos pra briga. Portanto a briga de Jeová com Alá é algo tão incompatível que nem os filhos, Jesus dos cristãos e Maomé dos mulçumanos, podem resolver. Quantos índios os espanhóis e portugueses mataram em nome de Cristo para que eles abandonassem a crença nos deuses da natureza. Porque a verdade do monoteísmo tem que ser imposta por bem ou por mal. O meu deus me favorece nas matanças dos infiéis. E ela é feita em seu nome. Se no mundo árabe, em nome de Maomé, revelador de Alá. A lógica é a mesma. A intolerância idem. Se no conflito judeu-palestino fico com os árabes é apenas por uma simpatia de torcer pelos mais fracos. A intolerância religiosa é tão forte como a dos judeus.
E se os judeus tem com os seus primos cristãos uma melhor tolerância ou convivência é porque os iniciados pelo Cristo, apressadamente adotaram o deus dos judeus. Botaram um filho no meio para intermediar, do qual os judeus debocham, ou pela linhagem de José dos judeus não ter nada a ver com o peixe ou por não acreditarem no filho bastardo de uma mariazinha qualquer. Mas tirante essa querela familiar na descendência o paizão é o mesmo e único para todos. Se bem que o aprofundamento teológico do deus ter um filho entre os homens pode mesmo mudar o deus inicial. Mas, vez por outra, eles se confundem e vivem em paz, quando os cristãos não acusam os judeus de matarem o cristo. Aí começa a intolerância. Tanta, que a igreja católica calou quando os alemães levaram os judeus ao holocausto. Um dos maiores genocídios da humanidade, mas repetido pelos judeus com o povo palestino na mesma paga, como que dando razão ao judeu Freud na afirmativa de se repetir o sofrimento pessoal no próximo, como um redizer neurótico, quando não psicopático.
Mas voltando aos deuses, percebe-se que o plural é um convite à tolerância. Se cada um tem seu cada qual, venerado em simpatia e desígnio, não tenho nada de intolerante com quem é Flamengo, embora torça pelo Botafogo de uma forma fatalista. Mas as torcidas organizadas são monoteístas e isto pode explicar a violência nos estádios...

5 comentários:

Sandra Chaves disse...

Deus nos dá pessoas e coisas,
para aprendermos a alegria...
Depois, retoma coisas e pessoas
para ver se já somos capazes da alegria
sozinhos...
Essa... a alegria que ele quer

João Guimarães Rosa
Que DIABOS a gente faz dela?????
BJ!

Gabriel do Piauí disse...

A Bíblia continua sendo o maior dos livros porque atualíssima! E olha que já se vão milhares de anos. Quantos livros já foram pra lata do lixo da história porque foram desmistificados pela ciência e tecnologias. A Bíblia tá lá firme e forte, sem erros. E é o Deus que fala pra nós na Bíblia que eu acredito. O resto é conversa de santos católicos e piração de drogados.

Damasceno disse...

Um filósofo francês expressou-se da seguinte maneira sobre a maravilha que é a Bíblia: "Quão miseráveis e desprezíveis são as palavras dos filósofos quando comparadas com as da Bíblia! É possível um livro tão simples, mas ao mesmo tempo tão perfeito, ser palavra humana?"

Haidê Monteiro disse...

Marc Chagall, o grande pintor judeu, disse: "Desde minha infância a Bíblia me orientou com sua visão sobre o rumo do mundo e me inspirou em meu trabalho."

Lisete Velasquez disse...

Como pode um ser humano concebido por Deus, chamar macaco, vaca, cobra e elefante, de deuses?
Se banhar num rio fétido com cadáveres boiando e dizer que ali purifica a alma! Dizer que um papa nunca erra e que ele é o gerente de Deus aqui na terra!
Por isso fica tão fácil a gente saber qual é o verdadeiro Deus. Tá nas páginas da Bíblia.