quinta-feira, 28 de maio de 2009

Enchente (Teresina)

Geraldo Borges



Está bonito para chover
Vai cair uma tempestade
È o que nos vamos ver
Água engolindo a cidade.

Bátegas chovendo batendo
Parnaíba e Poti muito cheio
Água e mais água descendo
O estrago está muito feio

O povo todo desabrigado
Um deus nos acuda irmão
E o que vai fazer o Estado?

Não tem muito o quê fazer
Olhar lá de cima de avião
Pois muita água vai correr.







Enchente II ( Parnaíba e Poty)

O rio Parnaíba está raivoso
Derruba diques come ribanceiras
Um espetáculo impávido colosso
O rio não está pra brincadeiras.

Poe em pânico meu Deus os ribeirinhos
Engole casas arrasa plantações
Deixou de estar num leito bem magrinho
E se empolga em furiosas convulsões

Também o rio Poty deu seu recado
E alagou as avenidas da cidade
E o Cabeça de Cuia está atolado.

A água cai do céu límpida e serena
Matando os pobres que calamidade
Eis em resumo a natureza em cena.

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