domingo, 15 de novembro de 2015

Tenochtitlán

Pedra do Sol

Para entender um pouco do México é preciso conhecer o Museu de Arqueologia e Etnografia. A história das civilizações pré-hispânicas estão neste museu, que não se consegue apreciar num só dia.

A catalogação de cada civilização se faz por cerâmicas, monumentos, peças históricas, utensílios domésticos e representações da arte e cultura de cada povo.

Talvez a peça mais importante esteja na sala da cultura méxica e se chama Pedra do Sol. A Pedra do Sol foi enterrada pelos os espanhóis quando tomaram a cidade asteca e só foi reencontrada 250 anos depois, em 1790. Estudada por arqueólogos, parece representar o calendário solar asteca de 18 períodos de 20 dias, somados a um período complementar de 5 dias, totalizando com exatidão o calendário solar que usamos até hoje. Acredita-se também que era usada para sacrifício humano, para que o sol não destruísse o mundo pelo tremor da terra.
Representação de Tenochtitlán, a capital asteca. O Templo Mayor dessa cidade foi descoberto, por acaso, em 1970, quando a companhia de Luz enterrava a fiação. Essas ruínas e um precioso museu estão no Zócalo - coração do centro histórico.
Ruínas do Templo Mayor da antiga Tenochtitlán

A cidade de Tenochtitlán (atual cidade do México), fundada em 1321, localizava-se numa ilha do lago salgado de Texcoco. Quando os espanhóis chegaram, em 1519, a cidade tinha mais de 300 mil habitantes, sendo maior que Paris ou Londres da época. Um mercado urbano comercializava produtos de várias partes do México. Era uma sociedade hierarquizada dividida entre governantes, sacerdotes e pessoas comuns. Possuíam um exército e um sistema de pontes que facilitava a defesa da cidade.

Como essa organização social e militar (eram povos conquistadores, os astecas) foi vencida pelos espanhóis?


Os astecas acreditavam que os deuses vinham pelo mar e trataram os invasores com devoção e submissão, o que não impediu a crueldade com que os espanhóis trataram o povo nativo. E nada da sua cultura foi respeitada. Ela chega até nós pelo precioso trabalho dos arqueólogos. E pela resistência de seus habitantes que cultivam os costumes, a culinária e as bebidas de seus antepassados. Viva México!   

(Edmar Oliveira)




Tenochtitlán, onde é hoje o centro histórico da Cidade do México
Canais de Xochimilco, ou o que restou do lago onde se ergueu a cidade do México.

Reconstituição do mercado asteca. Museu de Antropologia.


















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