desenho: Gabriel Archanjo |
21)
É a bravura de tuas ancas que poliniza
os olhares; que acende a cidade e seus
corações em farrapos. Na claridade que
se desnuda para assaltar teus tesouros.
Tudo que vive te revida. Até mesmo os
náufragos com os mastros de suas
embarcações afundadas. Não chamarei
a noite para te vestir de recato. Antes,
venderei meu grito à tua seita de orgasmos;
antes, virão convergir em tuas ancas
todos os que respiram fogo. Para que
teu atávico exale em mim.
SALGADO MARANHÃO
(Do livro Avessos Avulsos).
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