domingo, 9 de agosto de 2015

Salgado Maranhão



19)
Seguir respirando o que o amor
não doou aos cupins.Eu que reino
inquilino de artérias e relentos,abro
essa constelação de sons e assins,
no lado onde a flor é fábula. E sigo
os corredores da cidade de palavras,
como se em mim fosse o nome das
coisas: o azeite e a costura que
torna o à parte, partiner. Porém,não
sei onde estocar a solidão dos sábados,
o grão ferido dos resistentes; também
o bem tem seus dentes.

SALGADO MARANHÃO
(Do livro Avessos Avulsos).

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