Quando a crina do animal
Encrespa-se ao vento morno
Há a certeza de possuir-se
As rédeas do mundo
O mundo sobe e desce
Levando consigo paisagem e gente
No quadro completo que se vê
Sob o ritmo preciso do trotar
Os pés contornam o vazio
Mantendo o montante preso ao montado
Ambos unidos num equilíbrio
Efêmero e arriscado
As coisas são ultrapassadas
Ao sabor dos passos compassados
Do animal sob a provocação
Do cavaleiro ao sacudir as bridas
(Climério Ferreira)
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