domingo, 24 de agosto de 2014

questão de preferência


Prefiro não saber de tudo
As palavras podem desnudar os segredos
Eu gosto dos mistérios contidos nas pedras
Dos sonhos naufragados nos riachos 
Do canto dos pássaros dizendo coisas sem decifração
Do apelo dos abismos aos suicídios
Há coisas que existem para o olvido
Tenhamos cuidado com as palavras do poema
Elas podem desmascarar o desespero
Que dorme sob a proteção das matas das campinas
Escondido pelas curvas dos caminhos
Prefiro as paixões violentas que repousam em minha calma
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(Climério Ferreira)

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folha desenhada de Gabriel Archanjo
 

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