Mocinha do cântaro e d'agua do
poço,
que deixa a caneca cheinha pra
sede
e vive entre tantas, e dorme de
rede,
reserve um pouquinho de amor
pr’este moço!...
Seu rosto festivo que um riso
me cede
deixou sua imagem no fundo do
poço...
reserve um pouquinho de amor
pr’este moço
que, agora sem sede, o encanto
lhe pede!
A agua da fonte tem vez e tem
vida,
dum pingo de chuva à sua
acolhida,
dum veio nascente à sua
moringa...
Você, que lha busca, resguarda
e consome,
faç’isso comigo, usando o meu
nome –
se passe por dona da minha
restinga!
(Juarez Montenegro)
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desenho: Mariza Gusmão em http://cadicoisa.blogspot.com.br/2007/12/lata-dgua-na-cabea.html
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