Prometeu a si mesmo que na primeira morte ficaria atento para ter mortes mais perfeitas no futuro. Só não contava com os lapsos de memória que vinham se agravando e o faziam esquecer-se até do próprio nome. Quando os médicos retiraram os tubos e desligaram os aparelhos, fez um esforço enorme para se lembrar, mas pouco adiantou. Aí, esquecido de como se morre, tomou uma decisão radical: nunca mais morreria. E não morreu.
(Paulo José Cunha)
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